Conta a historia de um rei que encomendou a dois famosos
pintores um quadro cuja temática fosse a paz. Além de garantir que iria comprar
os dois quadros, o rei anunciou que daria um extra para o artista que melhor
retratasse a paz. No tempo marcado, eles trouxeram suas pinturas. O primeiro
retratava um lago sereno, espelhando altas e pacíficas montanhas à sua volta,
encimado por um céu azul com nuvens brancas como algodão. Todos os que viram
este quadro acharam que ele era um perfeito retrato da paz. O outro quadro
também tinha montanhas. Mas eram escarpadas e calvas. O céu, negro e ameaçador,
derramava chuva e relâmpagos. Da encosta da montanha caía uma cachoeira
espumante. Não parecia nada pacífica. Mas o rei, experimentado nas artes, olhou
com cuidado e viu ao lado da cachoeira um pequeno ninho numa fenda da rocha.
Mamãe pássaro e seu filhote repousando em segurança.
O rei escolheu a segunda. Todos na sala curiosos perguntam o
porquê da escolha, a eles parecia um erro a escolha.
O rei então pacientemente explica, que paz não significa estar
num lugar onde não há barulho ou problemas. Paz é um estado de espírito. É a
capacidade de estar no meio disso tudo e ainda manter a calma do coração.
Creio que o autor do Salmo 91 tinha isso em mente quando
escreveu: Ele o cobrirá com suas penas, e debaixo de suas asas estarás
seguro... não temerás o terror noturno[1].
A ausência de paz de espirito levou os discípulos ao
desespero diante da tempestade, enquanto Jesus dormia tranquilamente[2].
Jesus nos deixou sua paz.
Tenha paz!
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