PRIMEIRA PERNA DO TRIPÉ – COMUNICAÇÃO.
COMUNICAÇÃO VERBAL.
A comunicação no relacionamento conjugal é uma ferramenta indispensável
para a construção do bem-estar psíquico do indivíduo.
A comunicação essencial para o fortalecimento das
necessidades, troca de ideias, ideais, opiniões e ponto de vista; ao mesmo
tempo é algo complexo e exige um exercício de paciência, autocontrolo e, acima
de tudo, uma vontade extrema de construir a relação.
Uma das maiores dificuldades dos cônjuges está no fato de não
conversarem sobre o que desagrada, o que magoa. Só falam destes assuntos numa
briga, ai é onde complica mais as coisas.
A comunicação verbal é tão importante que uma das leis da
pureza familiar (lei sobre o período da menstruação), foi dado para que neste
período o casal deixasse de ser amantes para serem amigos.
COMUNICAÇÃO CORPORAL.
Nvunda Tonet no artigo A COMUNICAÇÃO NO RELACIONAMENTO
CONJUGAL – 2009 -, cita uma pesquisa de uma universidade americana que afirma que,
ao expressar sentimentos, o que se diz, representa só 7% da mensagem. O
restante depende de como se diz (38%) e com que cara se pronuncia (35%).
Exemplo de comunicação corporal falha:
Digo ao meu cônjuge que o amo como meus olhos fitos no
celular.
Ao fazer isso estou dizendo, que meu celular é mais
importante que meu companheiro.
Digo que quero ficar com meu cônjuge mas meus olhos estão na
porta.
Ao fazer isso estou dizendo que não quero estar ali.
Digo que estava com saudade, mas meu corpo se inclina em um V
ao invés de um A.
Estou dizendo na verdade que não estava com saudade e queria
estar longe do cônjuge.
COMUNICAÇÃO SENTIMENTAL.
É a comunicação de sentimentos, sentir o que o outro está sentindo,
é compartilhar as aflições, angustias, problemas, dificuldades, etc...
A bíblia exorta a igreja (esposa) a ter o mesmo sentimento de
Jesus (esposo): “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também
em Cristo Jesus” (Fp.2:5).
A maior causa hoje de divórcio não é a infidelidade no
casamento, mas sim o egoísmo, para muitíssimos casais: fala-se cada vez mais do
“meu” e do “teu” e cada vez menos do “nosso”.
A comunicação sentimental combate o egoísmo no seio da
familia.
‘O sentimento sadio é vida para o corpo’ (Pv.14:30)
SEGUNDA PERNA DO
TRIPÉ – MATURIDADE EMOCIONAL.
1Cor. 13:11: “Quando eu era menino, falava como menino,
pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei
para trás as coisas de menino”.
Maturidade emocional significa ter consciência da reação que
cada emoção traz para sua vida e, a partir daí, escolher comportamentos que
sejam menos destrutivos e mais saudáveis.
SINAIS DE IMATURIDADE:
→ Faz tempestade num copo d’agua. (Uma toalha deixada fora do
lugar).
→ Transforma um confronto de ideias em afronta.
→ Ciúmes exacerbado. (Vê o que não existe).
Pv.8:6 NVI – “O ciúme é tão inflexível quanto a sepultura.
Suas brasas são fogo ardente, são labaredas enormes.”
→ Dependências dos pais. (O casamento parte da ideia que os
cônjuges deixaram seus pais para ser uma única carne)
→ Irritabilidade. (Se irrita por qualquer coisa, tudo é
motivo para brigarem)
→ Descontrole financeiro. (Gastam mais do que ganham)
→ Não reconhece o erro. (Sempre põe a culpa no outro)
→ Dificuldade para lidar com o passado.
NÃO HÁ ESPAÇO PARA IMATURIDADE NO AMOR.
1Cor.13:4-7 - O amor é paciente, o amor é bondoso. Não
inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente,
não guarda rancor.
O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a
verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
TERCEIRA PERNA DO TRIPÉ
– AMOR
Nota que o amor ficou por último, pois muito dificilmente o
amor resistira a falta de comunicação e a imaturidade.
Luc Ferri, filosofo humanista francês, no livro FAMILIA AMO
VOCÊS, como também no livro A REVOLUÇÃO DO AMOR, diz que o casamento por amor iniciou a partir
da revolução industrial, até então os casamentos eram por conveniência
familiar, para manter as propriedades e riquezas dentro da família.
Na minha experiência pastoral vi muitos casamentos serem
destruídos pela falta de comunicação e imaturidade, mas também vi casamentos
que foram restaurados pelo amor que sentiam um pelo outro.
Ct.8:7 - As muitas águas não podem apagar este amor, nem os
rios afogá-lo
Amar é abrir mão do que eu quero, e aceitar o que o outro
quer.
Amar é eu mudar meu modo de ser, e não querer que o outro
mude.
Amar é sacrifício.
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